No mundo, tudo está em evolução. Assim, empresas, organizações públicas e a forma como vivemos estão em constante transformação. Contudo, a ação política e as dinâmicas sociais também buscam estar à frente das mudanças. É neste contexto que surgem as smart cities, ou, em português, cidades inteligentes.
Tendo a facilidade de acesso à tecnologia da informação e comunicação como porta de entrada, elas prometem conectar pessoas ao cenário urbano em um novo nível. Mas estarão os brasileiros prontos para tal impacto? Neste artigo, você conhecerá mais sobre esse assunto e verá de que forma podemos aproveitar a inteligência do futuro em nossas ações do presente.
No passado, era comum vermos modelos de desenvolvimento coletivo embasados apenas no progresso, independentemente das circunstâncias e consequências. Em outras palavras, a infraestrutura de uma região era criada sem visão estratégica, deixando tanto o meio ambiente quanto as pessoas em segundo plano. Tais agravantes levaram estudiosos como Amy Glasmeiera, do MIT, a perceberem que a metodologia de crescimento das comunidades deveria ser diferente. Dessa forma, foi criado o conceito das cidades inteligentes.
Alinhando tecnologia ao avanço social e ambiental, por meio de inovações digitais, elas representam espaços disruptivos. São áreas onde os cidadãos usufruem dos melhores direitos públicos e têm melhor qualidade de vida. Tudo proporcionado pelo amplo acesso seguro à tecnologia da informação e comunicação.
Segundo a União Europeia, as smart cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e o equilíbrio. Esses fluxos são considerados inteligentes por idealizarem infraestruturas de maneira estratégica, ideação planejada e uma gestão urbana que atenda às necessidades sociais e econômicas.
De acordo com o Cities in Motion Index, da IESE Business School, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade. São eles a governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. Em macro, podemos caracterizá-las da seguinte forma.
Cidades inteligentes empregam tecnologia avançada em seus sistemas de controle de transporte público. Com isso, é possível identificar padrões como o fluxo de carros, número de pessoas que dependem da locomoção pública, tempo de espera nos semáforos, entre outros. Tudo isso é feito a partir de dados gerados pelo sensoriamento dos indicadores de tráfego.
É inimaginável um centro urbano moderno onde não haja uma iluminação pública desenvolvida. Logo, entre os principais aspectos das smart cities, está a gestão da luz pública. Nesses novos locais, há a integração eficiente entre os sistemas de monitoramento e demandas de manutenção. Isso possibilita eficiência no serviço e um gerenciamento mais saudável desse recurso.
Cidades inteligentes são caracterizadas tanto pelas construções feitas por meio de materiais recicláveis quanto pelo processamento do lixo urbano. Por isso, a sustentabilidade é um ponto de destaque. Nessas áreas, é feita a reciclagem de materiais como entulhos de obras, gesso, concreto e resíduos industriais. Itens que antes eram descartados e que, com o tratamento adequado, ganham outros caminhos. Dessa forma, é garantida a preservação dos lençóis freáticos, da qualidade do ar e pode-se minimizar a poluição do solo.
Adotar uma gestão de inteligência planejada nas cidades proporciona inúmeros benefícios para todos. Desde a disponibilização de serviços, como o Wi-Fi público de alta velocidade para a população, até a integração dos sistemas de controle e monitoramento da iluminação pública. Entre as principais vantagens das smart cities, podemos citar:
Como destaca o Thales Group, as cidades inteligentes não são apenas um conceito ou sonho do futuro, portanto muitas delas já começam a ganhar corpo. Conforme a reportagem da revista portuguesa Exame Informática, especialistas citam a inevitável adoção de tecnologias nos dias de hoje. Logo, conceitos como a Internet das Coisas (IoT), Big Data, Cloud Computing e Mobile apps, redes móveis 4G/5G e data centers precisam ser colocados em prática. O que permitirá isso serão estruturas adequadas que respondam aos desafios e à visão transformadora das zonas urbanas.
Atualmente, cidades de países emergentes estão investindo bilhões de dólares em produtos e serviços inteligentes para sustentar o crescimento econômico e as demandas materiais da nova classe média. Ao mesmo tempo, países desenvolvidos ainda buscam aprimorar a infraestrutura urbana existente para permanecerem competitivos. O Ranking Connected Smart Cities apresenta uma ordem de quais locais atendem melhor os requisitos de eficiência do futuro, hoje. No Brasil, temos São Paulo, Florianópolis e Curitiba entre as primeiras posições.
Com o comparativo acima, podemos ver que há um movimento rumo à eficiência da gestão pública em nosso país. Nos últimos anos, surgiram mais de cem startups brasileiras focadas em soluções para smart cities. Ainda, foi aprovada em 2021 a instituição da Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI), visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Tal proposta aborda os princípios e diretrizes de ações a serem realizadas, bem como os recursos a serem alocados. Inclusive, este ano, foi emitida a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, com uma agenda para o processo de transformação dos municípios.
Entretanto, o futuro das cidades brasileiras depende de entender que a adoção digital é um processo dinâmico. Sendo assim, é preciso compreender os impactos que essa mudança causa nas cidades e nas pessoas diante de um contexto sustentável. Isso exige buscar o desenvolvimento urbano incluindo velhos e novos desafios.
Como parte de um ecossistema, é importante que empresas façam a sua parte. De acordo com o estudo Sizing the Impact Investing Market, negócios de impacto social já geraram aproximadamente 500 bilhões de dólares ao redor do mundo, sendo tendência. Logo, encontrar formas sustentáveis de gerenciar o trabalho também é cooperar com a transformação das cidades inteligentes.
Para adaptar-se a um futuro ditado pela tecnologia da informação e comunicação, contar com a parceria de softwares é indispensável. Na Dígitro, colocamos à disposição de entidades públicas e privadas soluções capazes de posicionar seus trabalhos à frente dessa nova gestão. Acesse nosso site e conheça todos os nossos serviços.